sexta-feira, 19 de junho de 2015

I am still alive

São 6 horas da manhã. Mais um dia que se inicia. Glorinha e o pai dormem e estou aqui com o Lorenzo, ouvindo Pearl Jam e escrevendo.
Refletindo ainda sobre minhas reações e sobre o que eu quero e com quem eu quero.
Refletindo também sobre ter coragem de assumir meus erros.
Setembro quase chegando, farei 37 anos, dois filhos, ainda procurando meu lugar ao sol já que ser mãe é bom, mas não me completa me perdoem os mais delicados, mas ser mãe não é a única coisa que quero e espero da vida! Filhos crescem, a gente envelhece...).
Avaliando o grau de compromisso de tudo na minha vida: de pessoas, de oportunidades, de amizades, até com meus filhos.
Não perder tempo com pessoas, lugares, vazios.
Lembrando que meu marido sempre me diz o quanto faço para as pessoas e me decepciono. E depois descubro alguma falsidade, alguma picaretagem, mas faz parte. A gente chora por alguns dias,mas depois bola para frente.
Não emulo quem não sou, não finjo aparências para fazer social.
Não preciso disso graças aos deuses.
Quem entra, espero que fique. Que eu leve comigo onde e como eu for, seja no coração, na alma.
Que um dia eu esteja andando por entre prados cheio de flores, lá longe e saiba que ao chegar em casa, eu abrirei a minha caixa de emails e lá estarão fotos e mensagens de quem para sempre ficará.
Por que repito: a gente não está ficando mais jovem. Estamos envelhecendo e lá na frente, o que sobrará?
Bem lá na frente, o que sobrará e o que você fará com suas mentiras sinceras que não me interessam, seu julgamento sobre o que é ser uma mãe de verdade (usar ou não chupeta, parto normal ou cesária NECESSÁRIA, cama compartilhada ou berço,  mamadeira ou copinho, apego ou um pouco mais de força?). O que será de nós mulheres, que queremos lutar contra o machismo, mas nos segregamos de forma hostil, agimos de forma grosseira?
Você que está aqui, que está lendo, que está acompanhando, faça um esforco junto comigo de não julgar. Comece hoje, comece comigo. Comecemos juntas. Não julgue o tamanho da saia, não julgue os peitos de fora ao amamentar, não julgue a escolha sexual de ninguém porque lá, bem lá na frente, será a sua vez. Pode demorar minutos, anos, mas acontecerá.
Apenas se retire, feche os olhos e agradeça por poder ser diferente em um mundo onde muitas mulheres ao invés de correrem juntas, correm uma das outras para ver quem chega antes e pega.... que prêmio mesmo?!
Nem eu sei!

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