Então, você é convidada por uma amiga querida (na verdade, uma amiga querida perguntou a outra amiga querida se poderia nos convidar e rolou!) a festa junina da Fazenda da Toca. Você se lembra então que leu, compartilhado não sei por quem, uma entrevista que o Pedro Paulo Diniz deu, após anos de ostracismo, a revista Trip. E lá está: o cara, o bilionário no meio de todos os funcionários (de quem faz a limpeza, aos professores da escola que é exemplo na região, aos administradores, etc, aos convidados da festa). O cara, a esposa, os filhos todos juntos. Dançando, curtindo.... O mundo que você imagina de revista Caras não existe. Pelo menos, me parece que quem tem cultura de verdade e muita grana, não tem necessidade de ficar declamando e mostrando aos quatro ventos quem é, como é e para que veio.
Logicamente que a casa dos caras é grandiosa....
E qual é o problema? Tipo, deve se sentir culpado por ter grana?
O lance é que esse modo de integração funcionários versus patrão, é algo que aqui no Brasil ainda está há anos luz de distância. Vide o tratamento que algumas famílias dão as babás dos filhos: vistam branco, andem atrás da gente ou a própria funcionária do lar cuja comida é diferente do resto do pessoal, assim como também não pode sentar a mesma mesa. Ah, não nos esqueçamos, como a própria Danuza Leão já deixou bem claro em um de seus artigos que essa ascensão da classe média, só acabou com o encantamento de fazer parte da elite já que, não só para ela, como para muitos, essa classe média brasileira, também não pode (ou melhor, não deve!) ter privilégios e nem andar de avião.
Sofremos de um problema básico: não nos misturamos. E temos orgulho disso!
Logicamente que a casa dos caras é grandiosa....
E qual é o problema? Tipo, deve se sentir culpado por ter grana?
O lance é que esse modo de integração funcionários versus patrão, é algo que aqui no Brasil ainda está há anos luz de distância. Vide o tratamento que algumas famílias dão as babás dos filhos: vistam branco, andem atrás da gente ou a própria funcionária do lar cuja comida é diferente do resto do pessoal, assim como também não pode sentar a mesma mesa. Ah, não nos esqueçamos, como a própria Danuza Leão já deixou bem claro em um de seus artigos que essa ascensão da classe média, só acabou com o encantamento de fazer parte da elite já que, não só para ela, como para muitos, essa classe média brasileira, também não pode (ou melhor, não deve!) ter privilégios e nem andar de avião.
Sofremos de um problema básico: não nos misturamos. E temos orgulho disso!
Claro que quando se fala de gente como os Diniz, temos que entender que os caras não podem realmente estar em um barzinho, ir ao shopping, misturar-se porque, oras, estamos no Brasil e sequestro é algo que acontece sim e andam com segurança 24 horas.
Independe disso, o que eu vi do projeto da fazenda, do próprio Pedro Paulo Diniz nessa Festa Junina (onde cada funcionário levou sim o seu prato ora de doce ou de salgado!), foi o respeito porque em troca recebem o mesmo.
Me deu então uma certa pena de tantas pessoas que conheço e que são chefes tratando empregados como serviçais, nunca como colaboradores.
Independe disso, o que eu vi do projeto da fazenda, do próprio Pedro Paulo Diniz nessa Festa Junina (onde cada funcionário levou sim o seu prato ora de doce ou de salgado!), foi o respeito porque em troca recebem o mesmo.
Me deu então uma certa pena de tantas pessoas que conheço e que são chefes tratando empregados como serviçais, nunca como colaboradores.
Lembrou-me muito da Alemanha e do choque que tive na minha primeira viagem para lá em 1998 (e até hoje eu levo choques de realidade quando vou para lá): você simplesmente não consegue distinguir o dono da empresa com o empregado da empresa. Nunca em uma festa ou em um restaurante eu poderia, assim como aqui, saber. Todos são iguais e vão as mesmas festas, tem os mesmos direitos (logicamente que nesse quesito entra uma considerável estruturação política, social e econômica que estamos longe de conseguirmos, mas enfim).
Aqui se tem prazer de delimitar o barzinho do playboy no Itaim e o do cara que curte um funk, prazer de não ajudar nos serviços de casa, muito menos deixar os filhos fazerem algo (deixem que a empregada cate as sujeiras do filho, que lave até as calcinhas. Deixe que a babá leve ao médico, que ensine até como se comportar a mesa. Já que está se pagando). Aqui se tem prazer em maltratar garçom, aqui não se pensa em formas alternativas de melhorar a vida do empregado. melhorar a vida do empregado é dar um panetone no final do ano. E nenhum projeto dentro da empresa que traga benefícios a natureza, nenhum incentivo a projetos universitários, muito menos doações. Não há essa cultura aqui também!
Mas lendo a entrevista, fica clara a coragem do cara de jogar ideologias, de recomeçar, sair daquele papel de playboy e ser, finalmente, o que tantos nós não queremos ser "normais". E sim, minha cara, ele é exatamente como ele parece ser na entrevista: na dele, em paz. E pratica yoga e meditação!
É isso que procuro também. O cara é sim exemplo e não deve ser crucificado por ser bilionário. Há trabalho duro envolvido.
Fica também a prova nessa entrevista que dinheiro não traz toda a felicidade que a gente acha que trará. É bom, sim . Oras, não sejamos hipócritas, mas nem dinheiro, nem saúde, nem projetos se consolidam se você não acreditar.
Ah, o cara é bonito pra .... (caramba!).
Leia a entrevista completa.
Aqui se tem prazer de delimitar o barzinho do playboy no Itaim e o do cara que curte um funk, prazer de não ajudar nos serviços de casa, muito menos deixar os filhos fazerem algo (deixem que a empregada cate as sujeiras do filho, que lave até as calcinhas. Deixe que a babá leve ao médico, que ensine até como se comportar a mesa. Já que está se pagando). Aqui se tem prazer em maltratar garçom, aqui não se pensa em formas alternativas de melhorar a vida do empregado. melhorar a vida do empregado é dar um panetone no final do ano. E nenhum projeto dentro da empresa que traga benefícios a natureza, nenhum incentivo a projetos universitários, muito menos doações. Não há essa cultura aqui também!
Mas lendo a entrevista, fica clara a coragem do cara de jogar ideologias, de recomeçar, sair daquele papel de playboy e ser, finalmente, o que tantos nós não queremos ser "normais". E sim, minha cara, ele é exatamente como ele parece ser na entrevista: na dele, em paz. E pratica yoga e meditação!
É isso que procuro também. O cara é sim exemplo e não deve ser crucificado por ser bilionário. Há trabalho duro envolvido.
Fica também a prova nessa entrevista que dinheiro não traz toda a felicidade que a gente acha que trará. É bom, sim . Oras, não sejamos hipócritas, mas nem dinheiro, nem saúde, nem projetos se consolidam se você não acreditar.
Ah, o cara é bonito pra .... (caramba!).
Leia a entrevista completa.
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