Sobre a origem de tudo: o yoga, a vida! Entrevista do blog!

A Nath, como o pessoal a chama, é uma delicinha. Sim, sabe aquelas pessoas que você quer levar para a casa ou simplesmente quer dentro do armário para quando o desespero bate, abrir e achar ela lá?! Calma, gente, não sou nenhuma psicopata (às vezes, até posso ser se mexerem com meus filhos kkkk), mas isso define bem o carinho que temos por ela: paixão, amor a primeira vista. Tenho a ela e a Maria Avelar como minhas mestras dentro de todo o processo dentro da yoga. São duas figuras importantíssimas na minha vida. Além de me levarem ao fundo de mim, são minhas professoras queridas e, em comum, temos a Mestra Maria Avelar Guimarães que além de ensinar, vive aprendendo aí pelo Mundo a ser um ser humano melhor ( ou seja, não tem como não amar!)

Pessoas certas, lugares certos: é isso que quero e busco na minha vida.

Leiam essa entrevista deliciosa...assim como ela!

Karina: Você, além de pedagoga, professora, professora de yoga, é também mãe. Você acha que a prática da yoga e também a meditação ajudam no stress do dia a dia, principalmente com as crianças, ou você é sempre 100% zen em casa, assim como nas suas aulas?

Nathalia: Kkkk!!! Ninguém é 100% zen! E sim, sem dúvida a prática de yoga e meditação ajuda e muito com as crianças e no stress do dia a dia como um todo, por serem hábitos, práticas que nos auxiliam no autoconhecimento, nos ensinam a lidar melhor com a gente mesmo fazendo com que estejamos melhor preparadas para lidar com tudo aquilo que nos desequilibra ... a raiva, o medo, a ansiedade, a tristeza, o novo entre outros. Dessa forma, não só a gente se beneficia como beneficiamos todos com quem convivemos.

Karina: Lembro que tivemos um pequeno espaço entre a minha primeira gravidez e a sua segunda e seguimos praticando yoga até o finalzinho da gestação. O que a yoga traz de bom a mãe que pratica e ao bebê que está na barriga da mãe? E como saber se realmente o local onde estamos praticando, tem profissionais capacitados para que não haja problemas durante as práticas?

Nathalia: Pratiquei yoga durante a gravidez de meus dois filhos e pude comprovar que os benefícios da prática de yoga durante a gestação são inúmeros. Lembrando que a prática de yoga é milenar, capaz de trabalhar o ser humano por inteiro com suavidade, atuando no nível físico, energético, mental, emocional e espiritual, fomentando o restabelecimento de um novo equilíbrio interno neste momento de grande transformação que é a gestação, propiciando o desenvolvimento de uma gravidez saudável e confiante, além de ser um momento único de contato entre mãe e bebê.

Dentre os vários benefícios estão o favorecimento da circulação sanguínea diminuindo inchaços, dormências e varizes; a ampliação da respiração materna oxigenando melhor mãe e bebê; o fortalecimento do assoalho pélvico, preparando o períneo para o parto; alívio e prevenção de dores nas costas; recuperação mais rápida no pós-parto; alívio na prisão de ventre; favorecimento da comunicação mãe-bebê; maior equilíbrio nas variações de humor; redução da ansiedade, pois com a prática a respiração da gestante se amplia, trazendo a ela mais serenidade, as posturas promovem o bem estar geral e a prática traz tranqüilidade. Desta forma, o resultado é um útero mais relaxado, uma placenta mais oxigenada e mãe e bebê mais tranqüilos e desde cedo com um vínculo mais forte. Devemos lembrar que sempre que se procura a prática de yoga (assim como de qualquer outra atividade), seja enquanto gestante ou não, para nos certificarmos que o local que procuramos tem profissionais capacitados para que não haja problemas durante as práticas é sempre bom fazer uma boa pesquisa antes, pedir referências e estabelecer um diálogo com o profissional que estará lhe orientando.

Karina: Você participou de curso Cultivando a Inteligência Emocional com a mestra Maria Avelar Guimarães no espaço Sarvarnanda aqui em São Carlos. Conte um pouco dessa experiência e o que a levou a participar do curso?

Nathalia: Há algum tempo que eu vinha buscando “algo a mais” pra mim enquanto pessoa; queria ir mais a fundo, ter mais explicações sobre como e porque somos e reagimos de determinada maneira no que diz respeito ao nosso comportamento e universo emocional. O curso Cultivando Equilíbrio Emocional me interessou desde o primeiro momento, porém tinha acabado de ter meu segundo filho, então decidi esperar mais um pouco ... foi a melhor coisa que fiz, pois neste tempo que esperei, um ano mais ou menos, vivenciei situações novas, únicas, ímpares, que me possibilitaram absorver o conteúdo do curso com mais vivacidade e determinação para por em prática. Portanto, ouso dizer que essa experiência começou quando do início do curso, mas não tem um fim, pois cada dia é um dia diferente, com acontecimentos diversos em que têm-se que ter disciplina para meditar, identificar o gatilho que gerou determinado sentimento, entendê-lo e aceitá-lo. O caminho é árduo, mas vale muito a pena! Dessa maneira visualizo melhor as situações, me conheço melhor em um âmbito mais profundo, o das emoções, e posso agir diferente em situações parecidas que venham a surgir, modificando o seu resultado.Deixo aqui minha gratidão à Mestra Maria Avelar Guimarães que me proporcionou essa oportunidade!

Karina: Que tipo de mãe você é? Vemos um movimento muito forte de mães que tiram a TV, só dão alimentos orgânicos, que isso que aquilo e outras mães que, por outro lado, dão muito açúcar, deixam a criança na frente da televisão o dia inteiro. Como termos um equilíbrio nesse mundo na sua experiência pessoal?

Nathalia: Creio que sou uma mãe 44, nem 8 nem 80! Kkk! Acredito que qualquer extremismo é ruim, por isso têm-se que ter um equilíbrio em tudo: na alimentação dos pequenos, nas horas de atividades e lazer das crianças. Aqui em casa o que funciona muito bem são os “combinados”. Combinamos antes de cada atividade o tempo que ela vai durar, e aí não tem “choro nem vela”, seja para o banho ou para o vídeo-game. Outra coisa que no meu entendimento é fundamental é conversar sobre tudo com nossos filhos e explicarmos o porque de determinada decisão, comportamento, proibição ou permissão de nossa parte. Aquela máxima “PORQUE SIM / PORQUE NÃO” realmente não é resposta.

Karina: A meditação pode ajudar as mães em momentos de intempéries. Como? O que você recomenda? Qual seria  a meditação perfeita para aquele momentos que as duas crianças estão chorando, o almoço queimando?

Nathalia: A meditação sempre ajuda nas intempéries! Mas é importante lembrar que a meditação deve ser uma prática diária e não algo buscado apenas nos momentos de “desespero” como quando “as duas crianças estão chorando e o almoço queimando”. Devemos ter em mente que se adotarmos a meditação como parte do nosso cotidiano ela despertará em nós, frente essas situações em que tudo parece estar fora de controle, a serenidade, o discernimento e a clareza de ideias para que tomemos a melhor atitude. Além da meditação diária, uma dica que gosto muito quando tudo parece estar desabando, é prestar atenção na respiração. Esse simples ato faz com que nos conectemos conosco mesmo, pois se a nossa respiração muda de acordo com o sentimento aflorado (raiva, medo, felicidade, ansiedade...) o inverso também é verdadeiro, ou seja, podemos mudar um estado de espírito por meio da respiração.

Nathalia Denari é licenciada em Pedagogia pela Universidade Federal de São Carlos e Especialista em Educação Infantil também pela UFScar, é professora de Yoga desde 2005. Possui capacitação em “Yoga: teoria e prática” realizada na UFSCar, junto ao Departamento de Psicologia, e em Yoga-Terapia Hormonal, pela Sarvananda Casa de Yoga e Reiki, com a Professora Maria Avelar Guimarães, com quem concluiu, também, o curso "Cultivando o Equilíbrio Emocional". Reikiana nível 1, cursou Zen Shiatsu, Do-In: Técnica Oriental de Massagem e, Do-In para Crianças, com a Professora Luciana Leuzzi (Lila) e participou do Curso de Pa Tuan Chin com a Professora Débora Ferreira Leite, da Equilibrius Centro de de Tai Chi Chuan, Acupuntura e Cultura Oriental.