quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Lorenzo e a introdução alimentar...

Lorenzo com 6 meses completos. Iniciamos a introdução alimentar. Dizem que o segundo filho traz mudanças que o primeiro ainda não trouxe. Parece meio óbvio, mas é a pura verdade.

Com a Glorinha eu dei muita papinha, tudo muito processadinho. Cortava os legumes bem pequeninhos, colocava para aferventar, depois temperava com um pouco de azeite, batia no liquidificador e voilá: pronto. Assim era com a papinha salgada, assim também foi para a papinha doce.
Suco então eu comecei logo aos 6 meses por muita interferência do pai e também porque na época que ela completou 6 meses, estávamos na Alemanha e lá é muito difícil ter suco de laranja , essas coisas bem naturais. Tudo é processado : não se esqueçam que as melhores laranjas são levadas diretamente para lá. Ficamos com o quase bom, praticamente a laranja lambuzada de agrotóxico.
Lembro que ia ao supermercado e existia uma sessão todinha de sucos, de papinhas diferenciadas e orgânicas por um preço maravilhoso, nada comparado aos preços das papinhas orgânicas aqui no Brasil. Mães alemãs são práticas. Alias, nunca vi uma mulher lá oferecendo o peito em público. Nunca vou me esquecer do dia que fui a um evento com a minha cunhada, Glorinha começou a chorar, eu no meio de todo mundo, coloquei o peito para fora. Ela e minha sobrinha me olharam com a cara mais incrédula desse mundo e me disseram que eu deveria ir a um lugar reservado. Oras, lugar reservado? Como assim?
Mas fui porque sou defensora de boa educação com os costumes das pessoas. Talvez se eu já morasse lá, seria de outra maneira, mas eu tinha sido convidada a um evento, não estava lá para causar espanto ou muito menos comentários.
Então, sentei em uma cadeira e, mesmo assim, elas fizeram uma cabaninha para que ninguém visse os meus peitos livres e leves e soltos.
Minha cunhada, essa que achou desnecessário eu "mostrar os peitos", nunca amamentou. Dizia não ser vaca para dar as tetas. Bem, foi isso que meu marido disse, foi uma constatação que tive. Não considero certo ou errado, mas foi o que presenciei: nada de tetas para fora. Tudo muito civilizado (?), na mamadeira e tudo preparadinho. 
Tirando esse evento, sempre percebi, mas não sei se foi o caso que minha filha teve problemas em comer frutas in natura. Sempre tudo muito mastigadinho, processadinho. Começou agora a desenvolver o gosto por comer a fruta (tirando a maçã, que era uma das únicas frutas que ela comia sem problemas. O resto, não adiantava oferecer que não comia). Acredito que a ida a escolinha que faz questão que as mães coloquem na lancheira a fruta ( que é oferecida antes de qualquer coisa), ajudou e muito. Vendo outras crianças comerem as frutas, ela está percebendo que é legal, que faz bem. Ontem mesmo eu e meu marido tivemos a nossa conversa noturna (momento que conseguimos por no máximo 25 minutos - antes que um acorde ou que nós mesmo, capotemos no sofá) e ele me contou que logo após o jantar (quando ele está aqui, ele é quem oferece o jantar. Eu preparo, ele é quem dá a janta para as crianças, mas tem noites que alternamos), ofereceu uma banana e ELA COMEU. Sim, ela comeu uma banana de sobremesa. Ficamos felizes!
Pois bem, com o Lorenzo adotei o sistema Baby Lead Weaning e tem dado certo. Na verdade, antes dele fazer 6 meses, conversei com a pediatra deles e ela disse que seria legal, mas que também fosse oferecido a papinha também. Ou seja, que houvesse um equílibrio, o que eu considero fundamental. Nada de extremos e nada de suco, como ela mesmo disse. Tudo para que a criança aproveite ao máximo os sabores, as texturas da fruta. Para matar a sede, água. LEMBRANDO que até os 6 meses nada de chá, água, suco (suco somente com 2 anos vai....). Muito peito, muito leite da mãe para proteger a criança de ficar doente (tive que entrar com complemento aos 5 meses, mas ainda bem que ele não largou o peito. Continuamos firmes e fortes nesse elo, mas dei o complemento de boa por recomendação da médica porque o peso dele estacionou brutalmente e eu confio 100% na médica que cuida dos filhos. Melhor: que os recebeu quando vieram ao mundo, respeitando todas as minhas decisões estipuladas no plano de parto).
Pois bem, a técnica conhecida como Baby Led Weaning (BLW), incentiva a autonomia do bebê durante as refeições e tem conquistado cada vez mais adeptos e foi criado pela britânica Gill Rapley, consultora em saúde e autora do livro baby-led weaning: Helping your baby to love good food (Baby -led weaning: ajudando seu bebê a amar a boa comida).

Pois bem, a primeira fruta que ele comeu segurando na mão mesmo foi a banana. Estávamos no supermercado eu e ele, peguei uma banana e pronto: ele se lambuzou como nunca, sujou a roupa como nunca e eu, feliz da vida, por estar fazendo a coisa certa, ou seja, deixando ele ser criança e aproveitar ao máximo os benefícios da fruta.
Logicamente que também ofereço a sopinha com vários legumes (tudo fresco, não faço mais nada congelado), mas com os pedacinhos e ele curte. Fico de olho, engasgos podem acontecer até com a amamentação então, é sempre bom ficar de olho.
Os dias e noites tem sido de muita lambança aqui em casa. Glorinha está vendo o irmãzinho comer frutas e legumes cozidinhos em pedacinhos e também pede. os dois se sujam, sujam a cozinha inteira, mas é isso que eu quero. Eu quero sujeira, eu quero que vivam essa fase que passe rápido (vale aqui lembrar a escolinha que escolinha que escolhi para a Glorinha: nada de salas fechadas, sem área verde, onde a criança segue um padrão de rotina, sem afeto, mas sim um local onde ela brinca, se suja, chega em casa feliz , cansada, curtindo os momentos que não voltam mais. E não tenho essa neura de colocar roupa de sujar para ir a escolinha. faço questão que ela vá com roupas normais, com vestidinhos que usaria para ir a uma festinha...se bem que longe de mim minha filha ser uma peruazinha. Não aceita usar laços, nem colocar brinco, nem nada. Livre, mas já deixo ela, de vez em quando, escolher a roupa e ela fica orgulhosa dessa independência!)
Alias, a escolinha começará a ter aulas de culinária. Achei o máximo: tudo para a criança aprender desde cedo a ser autônoma, a se virar que é o que eu prezo também na educação dos meus filhos: AUTONOMIA!
Você pode ler mais sobre o ingresso dela na escolinha AQUI.
E vocês, como tem sido por aí?
Vale a pena ler esse artigo e assistir ao vídeo complementar quase ao final do artigo e aprender sempre um pouco mais.



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